Simplesmente
não sei a causa para alguns fãs não usarem o MyAnimeList. Lá você pode arquivar
tudo o que assistiu e programar o que esta assistindo. É um serviço simples,
porém muito bom. Mas o melhor é a quantidade de material que pode se encontrar.
Se não me engano, são mais de vinte mil mangás e cinco mil animes numa ótima
enciclopédia. Logicamente não é muito difícil achar alguma coisa que te agrade.
Recentemente, numa das minhas andanças pelo site, pesquisando mangás publicados
pela Square Enix, encontrei aquele que deve se tornar o meu novo “melhor mangá de todos os tempos da última semana”: Watashi no Ouchi wa Honya-san.
Mas o que
esperar de um mangá sobre uma garota de 11 anos cuidando de uma livraria
erótica? (não sou lolicon!) Quando li a sinopse tive vontade de desistir de
ler, mas como o traço era bonitinho e não tinha nenhum “ecchi” nas tags me
arrisquei. Tive um pouco de medo de que colocassem algumas cenas sugestivas e
de duplo sentido, algo comum em mangás seinen com premissas semelhantes. Mas,
sem dúvidas, ler Honya-san foi uma ótima escolha. A história é exatamente o que
a sinopse mostra. Nakazawa Myiu é uma pequena garota de 11 anos que trabalha
como ajudante de seu pai na “Nakazawa Bookstore”, uma livraria especializada em
material pornográfico. Apesar de ser o negócio da família, a jovem se sente
envergonhada por trabalhar num lugar como esse, e é essa aversão que faz a
história correr. O mangá é do desconhecido Yokoyama Tomoo e foi lançado pela
Gangan Joker.
A protagonista
tem traço semelhante ao da Madoka de Mahou Shoujo Madoka Magika, os cenários são
simples, sem riquezas de detalhes, fazendo apenas o necessário para que o
leitor entenda o ambiente. Como um slice-of-life, os capítulos são completos,
com início meio e fim. Porém não é por isso que a história fica repetitiva ou
pouco excitante, afinal a obra apresenta um elenco muito bom, como os vários
clientes da livraria que conseguem manter a série em um bom nível com piadas
divertidas e suaves.
Apenas li
os sete capítulos iniciais (o que foi lançado pelos scans), é possível que os
episódios seguintes sejam chatos, mas o início de Honya-san foi muito bom. As
piadas passam longe de usar fanservice e, por mais que sejam clichês, os
personagens fazem a história se desenvolver de maneira empolgante. Alguns
pontos da história são incríveis, como uma pequena paródia feita com Bakuman no
episódio dois (ou três, sei lá). Mas o melhor episódio é o cinco, onde Miyu
recebe a visita de uma amiga e tenta de tudo para que ela não descubra o “negócio
da família”.
Honya-san é
ótimo, uma mistura interessantíssima. Lembra um pouco o ambiente feliz de
Yotsubato, com uma protagonista parecida com Tsuda Takatoshi de Seitokai
Yakuindomo. Mas nada é mais relevante do que a abordagem, é espetacular o autor
trabalhar um tema cheio de pontas para fanservice apenas com bom humor. Um dos
melhores slice-of-life dos últimos anos. Agora é torcer para que o mangá siga sendo
traduzido pelos scanlators. Para aqueles que não leram (acredito que todos), os
sete capítulos estão online no Mangafox, em inglês, é claro.
SEQUÊNCIA TROLL DE BAKUMAN:
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